sexta-feira, julho 31

Recordar é ... se descobrir

Bom Diaa...friozinho bommm...

Ás vezes me pergunto porque falo tanto em amizades, amigos, relacionamentos e coisas do gênero, sempre me pergunto aliás, mas nunca consigo uma resposta plausível e convincente.

Acredito que não seja um caso de auto-aceitação, auto-afirmação, baixa-auto-estima e nenhuma dessas “auto-qualquer-coisa” que as teorias da psicologia criou para ajudar as pessoas a se entenderem melhor, não que eu não acredite nas ferramentas da psicologia para o ser humano, pelo contrário, acredito e muito, sou louca por uma terapiazinha, adoro psicologia e sou totalmente simpatizante de Sigmund Freud.

Especialmente hoje estava lembrado, quando eu era adolescente tinha todas essas coisas que as meninas tinham de caderno de perguntas, caderno de recordações, diário, papel de carta para trocar com outras amigas, enfim, todas essas coisas que apontam para relacionamentos, acho que tinha todas.

No “caderno de perguntas” eu perguntava para as pessoas algo sobre ela, ás respostas eram as mais bizarras, cômicas, tristes, verdadeiras e falsas possíveis, era engraçado, e as pessoas ás vezes respondiam com tanta sinceridade, era de se admirar e claro que tinha muita zoeira também, mas eu adorava todas as respostas, só o fato de a pessoa querer responder, já me deixava feliz, seja por curiosidade ou amizade o importante era se relacionar, é claro, porque depois, sempre dava o que falar aquelas respostas. E no “caderno de recordações” as pessoas costumavam ser mais sinceras e “profundas”, como éramos todas adolescentes não tínhamos muito conhecimento em palavras bonitas e frases prontas nem versos de poetas famosos, lembro que tudo que era escrito lá era muito simples, ás vezes escreviam até errado, frases totalmente sem nexo, mas com uma verdade e sinceridade inenarrável. Descobri que adolescentes não tem medos nem receios em se expor.

Lembrando desses acontecimentos da adolescência, posso afirmar uma coisa, falo tanto em amizades, amigos, relacionamentos e tals porque gosto e preciso disso, porque como uma boa dona de um caderno de perguntas da adolescência, após a fase adulta, continuo curiosa em saber um pouco mais sobre meus amigos e sobre a amizade em si, porque como uma boa dona de um caderno de recordações, continuo querendo saber o que meus amigos pensam de mim e como sou uma eterna aprendiz minha vida será sempre uma obra em construção, sempre terá uma vírgula aqui, uma reticências acula e se a construção começar a entortar, vamos desmanchar tudo e começar outra vez e se preciso de novo e de novo ...

Uma vez, uma pessoa me disse uma frase que deixou uma marca torta na minha construção, faz mais ou menos uns dois ou três anos, e de lá pra cá tenho tentado consertar essa obra aqui, portanto, se você ver algum defeito, algum erro ou uma grave falha, calma, fique tranqüilo, estou em obras ( para melhor atende-lo rs ) e juro que estou tentando concertar.

Bom e como uma boa e ávida leitora de poesias, deixo um poema de nada mais que William Sheakspeare, que como todo bom e sensível poeta, expressa o que muitas vezes sentimos.

........

“Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar,

Só desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu Amor, E estou Aqui!

[William Sheakspeare]

*Tmy*

Nenhum comentário: