sábado, outubro 31

Penso Igual....

"Toda a compreensão que temos dos outros deriva de nós mesmos. Quando nos identificamos com alguém e podemos aceitar sua forma de ser, significa que encontramos em nós mesmos elementos semelhantes ao outro.
Identificamo-nos com os outros quando entendemos existir em nós as mesmas limitações, angústias e ansiedades que experimentam. Por esta razão, para que este mundo seja mais tolerante é fundamental que as pessoas se conheçam mais.
O autoconhecimento é um dos movimentos políticos menos reconhecidos e computados nas análises das forças que transformam este mundo. A paz só é possível entre pessoas que se conhecem."

(Rabino-Nilton Bonder)

*Tmy*

Ponte e Liberdade

“ Houve uma época em nossa vida em que estávamos tão próximos que nada parecia obstruir nossa amizade e fraternidade e apenas uma pequena ponte nos separava. Quando você ia subir na ponte eu lhe perguntei: “ Você quer atravessar a ponte até mim?. Imediatamente, você deixou de querê-lo e, quando repeti a pergunta, você ficou calado. Desde então, montanhas, rios torrenciais e o que quer que separe e aliene interpuseram-se entre nós e, mesmo que quiséssemos nos reunir, não conseguiríamos. Agora, ao pensar no pontilhão, você perde as palavras e soluça e se maravilha.”

( Do Livro “A Gaia Ciência” – Friedrich Nietzsche )

É engraçado, como uma palavra, ou uma atitude “autoritária” sobre uma pessoa pode mudar o rumo das coisas. A princípio a pessoa esta livre, prestes a tomar uma decisão da qual ela ache conveniente, e claro, a decisão a ser tomada ( no caso acima ) era ir até o amigo, ao seu encontro, mas uma simples “pergunta” como uma entonação um pouco mais autoritária, intimida a pessoa, e a da uma sensação de estar sendo coagida a tomar tal decisão.

Somos (todos) seres totalmente desconfiados, precisamos sempre ter uma atitude de desconfiança, porque quem pergunta quer saber e quem quer saber, não sabe, logo quem pergunta, desconfia.

“Se” existe uma ponte, essa serve para “ligar” , estreitar os caminhos, trazer algo ou alguém pra perto e não para afastar, portanto, confiemos. Isso é um conselho “di mim pra mim”.

.....

Ah! Só um comentário que não tem nada a ver com o post, quer dizer, quase nada. To lendo o livro “Quando Nietzsche Chorou” F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O – mas isso são capítulos para o próximo post.

*Tmy*

quarta-feira, outubro 28

O Melhor do RH (2)

 

Baseado em fatos reais, eu juro!! rs

 

- Oi, preciso fazer algum teste egocêntrico?

- Teste Egocêntrico??! ( a moça segura o riso ), não seria ergométrico??!!

- Hum, mas o que fiz na outra empresa foi o egocêntrico!

- Sei, e como é feito esse teste??!

- Ah! Você sobe numa esteira, gruda uns aparelhinhos em você, e daí medem o seu egocêntrico!!!!!

Sorrindo, quase gargalhando a moça diz:

- Não , não , aqui a gente só pede o admissional mesmo!!!!

 

E as perguntas que ficaram no ar:

 

Qual teria sido o resultado deste teste??!!

 

É “nóis” ganha pouco, mas se diverte!!!

 

*Tmy*

 

 

 

quinta-feira, outubro 22

Sobre a Saudade

 

Sinto igual o Rubem...

 

“ ... Eu tinha muita saudade. Os apaixonados pensam que a saudade é uma emoção do tempo: quanto mais o tempo passa, mais cresce a saudade. Mas eles estão enganados. A saudade é emoção do espaço. Saudade tem a ver com o longe, a impossibilidade do abraço. Quando a separação acontece, a saudade penetra como uma lâmina, instantaneamente.Ela penetra lancinante mesmo quando quase nenhum tempo se tenha passado...”

 

[Rubem Alves – O Sapo que Queria ser Príncipe]

 

PS: indico o livro, lindo!

 

*Tmy*

 

 

 

 

segunda-feira, outubro 19

Catarse

Catarse = 1. Método psicanalítico que consiste em trazer à consciência recordações recalcadas.

2. Libertação de emoção ou sentimento que sofreu repressão.

Uma das melhores sensações que existem na vida é você conseguir/poder exteriorizar ou “colocar pra fora” tudo que sente, tudo que esta guardado.

É curioso, eu não me dou muito bem com as palavras, sempre quando quero muito me expressar, tenho um certo problema, nunca sai do jeito que eu quero, penso uma coisa, quero falar essa coisa, mas sai outra, bem diferente da que estou tentando falar, expressar, escrever, enfim, não importam os meios pela qual essa expressão tenta sair, mas em sua maioria, sempre sai com um gostinho de frustração, isso mesmo, disse “em sua maioria”, ás vezes acerto.

Acho minha escrita um pouco nostálgica, infantil, retraída, sabe quando falta uma pitada de alguma coisa pra ficar “no ponto” e, não me falta vontade, porquê isso tenho de sobra, adoro escrever, fora que me faz um bem e me traz um alívio danado.

Mas não é sobre a escrita que quero “falar”, é só uma introdução, quero mesmo tentar “falar” sobre esse lance de “catarse”.

Sob a ótica da psicologia, catarse é o experimentar da liberdade em relação a alguma situação opressora, tanto as psicológicas quanto as cotidianas

Ja Segundo a filosofia, para Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama. (Wikipédia)

Gosto em especial da interpretação da Filosofia, já disse, ando (faz tempo) muito nostálgica e dramática, acho que as perdas e as frustrações nos trazem isso (só um adendo rapidinho, nostalgia é um estado melancólico causado pela saudade e/ou pela falta de algo).

Numa conversa com Aristóteles, ele me falaria que o que eu preciso mesmo é de uma atitude catártica, assim, eu conseguiria de uma certa forma “libertar a minha alma” e eu iria, sem dúvida, concordar com ele, ali, na hora da conversa, mas e depois?

Eu parto do princípio que todo problema, da alma principalmente, vem “anexado” com algum outro indivídio, ou seja, se existe dentro de você um sentimento de rejeição pode ser por conta de alguma atitude de repulsa que sua mãe teve durante a gestação, palavras de rejeição proferidas durante a infância e assim vai, existem sentimentos que não sabemos a origem e esses sentimentos ficam guardados dentro da gente durante anos e anos.

Mas existem outros que temos plena consciência de sua existência, mas não fazemos nada para eliminá-los, ou não podemos fazer, ou não necessariamente dependeria da gente pra resolvê-lo, ou depende única e exclusivamente da gente mas não temos coragem, enfim, cada um tem seus conflitos.

Achei muito interessante a teoria de Aristóteles, porque para ele, para se ter uma atitude catártica, não basta ter a atitude, essa tal catarse precisa vir de um ato de arrependimento, ou seja, de uma erro que o indívuo cometeu e como uma atitude de “redenção” ele procura manifestar seu arrependimento, precisa ser algo forte, vir do interior, da alma, não pode ser uma ação superficial.

Como diz a Psicologia, catarse é o experimentar da liberdade em relação a alguma situação opressora e quando eu passar por esse processo de “experimentar a liberdade em relação a alguma situação opressora” eu passo por aqui pra relatar minha experiência!!!!

*Tmy*

quinta-feira, outubro 15

É no Vazio que mora a saudade

“ A Vida Precisa do Vazio ”

 

A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo
até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas,
precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário;
pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria
e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade…
.
Rubem Alves