quinta-feira, outubro 30

Verdade...

"Sei que é difícil crer que sim, se tudo em volta diz que não. E a angústia te faz esquecer de tudo o que Deus prometeu....Que sobre a tua vida estão, as mesmas bênçãos de Abraão"

quarta-feira, outubro 22

Meio Assim...




Há coisas que a gente não sabe nunca o que fazer com elas...


Uma velhinha sozinha numa gare.


Um sapato preto perdido do seu par: símbolo


Da mais absoluta viuvez.


As recordações das solteironas. Essas gravatas


De um mau gosto tocante


Que nos dão as velhas tias.


As velhas tias.


Um novo parente que se descobre.


A palavra "quincúncio".


Esses pensamentos que nos chegam de súbito nas ocasiões mais impróprias.


Um cachorro anônimo que resolve ir seguindo a gente pela madrugada na cidade deserta.


Este poema,


este pobre poemaSem fim...




Mario Quintana.

sexta-feira, outubro 10

Compartilhando .....

Pecadores sem maldição
Ricardo Gondim

Desde a adolescência, organizei minha vida com valores religiosos. Freqüentei e lecionei em escolas dominicais. Militei em grupos de jovens cristãos. Estudei em um instituto bíblico. Conheci bem os bastidores do mundo religioso, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Sincero e zeloso, sempre procurei cumprir as exigências de todas as instituições que participei. Se a igreja não permitia as mulheres cortarem o cabelo, briguei com a minha por aparar as franjas; se era pecado ir ao cinema, eu, que não aceitava essa proibição absurda, para evitar mau testemunho, viajava para longe se queria ver algum filme.

Relevei disparates, incoerências e hipocrisias eclesiásticas, porque considerava a causa de Cristo mais importante que as pessoas. Para não “escandalizar”, fazia vista grossa para comportamentos incompatíveis com a mensagem cristã. Abraçado às instituições, acabei conivente de mercenários, alguns intencionalmente cobiçosos. Justifiquei tolices argumentando que as pessoas eram minimamente sinceras. Nem sei como me iludi a ponto de dizer: “fulano faz bobagem, muita bobagem, mas é sincero”.

Cheguei a um tempo de vida, que algumas reivindicações da religião perderam o apelo. Com tantas decepções, deixei de acreditar na pretensa santidade dos religiosos. Considero piegas as pregações de que Deus exige uma santidade perfeita. Lembro imediatamente dos malabarismos que testemunhei que tentavam falsear tantas inadequações, dos jogos de esconde-esconde para não expor demagogias.

Jesus não conviveu com gente muito certinha. Ao contrário, ele os evitava e criticava. Chamou os austeros sacerdotes de sepulcros caiados, de cegos que guiam outros cegos, de hipócritas e, o mais grave, de condenarem os prosélitos a um duplo inferno. Cristo gostava da companhia dos pecadores, que lhe pareciam mais humanos.

Jesus alistou pessoas bem difíceis para serem apóstolos; Pedro era tempestivo; Tomé, hesitante; João, vingativo; Filipe, lento em compreender; Judas, ladrão. Acostumado com os freqüentadores de sinagoga e com os doutores da Lei, por que ele não buscou seguidores nesses círculos? Talvez, não entendesse santidade e perfeição como muitos.

Jesus aceitou que uma mulher de reputação duvidosa lhe derramasse perfume; elogiou a fé de um centurião romano, adorador de ídolos; não permitiu que apedrejassem uma adúltera para perdoá-la; mostrou-se surpreso com a determinação de uma Cananéia; prometeu o paraíso para um ladrão nos estertores da morte. Sabedor das exigências da lei, por que Jesus não mediu esforços ou palavras para enaltecer gente assim? Talvez, não entendesse santidade e perfeição como muitos.

Para Jesus, santidade não significava uma simples obediência de normas. Para ele, os atos não valem o mesmo que as intenções. Adultério não se restringe a sexo, mas tem a ver com valores que podem ou não gerar uma traição. O ódio que explode com ânsias de matar é mais grave do que o próprio homicídio. Para ele, portanto, pecado e santidade fazem parte das dimensões mais profundas do ser humano. Lá, naquele nascedouro, de onde brotam os primeiros filetes do que se transformará em um rio, forma-se o caráter. E santidade depende da estrutura do ser, com índole que gera as decisões.

Para Jesus, santidade se confunde com integridade; que deve ser compreendida como inteireza. As sombras, as faltas, as inadequações, os defeitos, bem como as luzes, as bondades, as grandezas, as virtudes, de cada um precisam ser encaradas sem medos, sem panacéias, sem eufemismos. Deus não requer vidas perfeitinhas, pois ele sabe que a estrutura humana é pó; não exige correção absoluta, pois para isso, teria que nos converter em anjos.

As prostitutas, que souberem lidar com faltas e defeitos com inteireza, precederão os sacerdotes bem compostos, mas que vivem de varrer as faltas para debaixo dos tapetes eclesiásticos. O samaritano, que traduziu humanidade em um gesto de solidariedade, é herói de uma parábola que descreve como herdar o céu. O tempestivo Pedro, que transpirava sinceridade, recebeu as chaves do Reino de Deus. A mulher, que fora possessa de sete demônios, anuncia a alvissareira notícia da ressurreição.

Os mandamentos e a lei só serviram para mostrar que para produzir humanidade não servem os legalismos. Integridade e santidade nascem do exercício constante de confrontar suas luzes e sombras trazendo-as diante de Deus e mesmo assim saber-se amado por Ele.

Soli Deo Gloria.

Extraído de : http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1999

sexta-feira, outubro 3

" Condição Sine qua non "



“A bondade de Deus é que leva alguém a querer mudar”

Uau!!! Que verdade libertadora essa. Estava lendo um texto de um dos meus escritores preferidos, e essa frase me chamou atenção, e meus pensamentos já começaram a agitar-se: “A bondade de Deus é que leva alguém a querer mudar”.
Muitas pessoas têm por costume fazer “barganha” com Deus, oferecem algum tipo de sacrifício em troca de qualquer outro tipo de benção, seja ele material ou espiritual, externa ou interna.
Não entendem que não existem “trocas” com Deus, não entendem que Deus não é menino para ficar fazendo barganhas.
Deus faz o que faz por alguém, porque Ele é bom, e isso é um fato e uma realidade que religiosos não entendem e por isso vive uma vida de flagelo de culpa e sacrifícios, aliás, sacrifícios esses que não passam de palavras vazias, promessas falsas, uma irrealidade.
As vezes, chego a admirar a religiosidade de alguns muçulmanos, a imagem do crente em Alá que, sem ligar para o tempo e lugar, cai de joelhos e mergulha na oração é um modelo para nós, que cremos em Cristo Jesus.
Bom, mas admirações á parte, gostaria de ”lincar” aqui a bondade de Deus com a “Condição Sine qua non”, que no latim significa, “sem o qual não pode ser”.
Isso significa que sem a Bondade de Deus, simplesmente não existiríamos, sem a bondade de Deus, nossos sonhos não se concretizariam e as promessas de Deus nem de longe chegariam perto de nós.
Posso dizer com conhecimento de causa, A bondade de Deus é a condição que nos me traz a vida, dia após dia vivo essa bondade na minha vida.
Aliás como já dizia o nosso Rei Davi “Se não fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel.”
Se não fosse essa bondade viveríamos em um mar de Lamas, sujos, maltrapilhos.
A bondade de Deus é importante, mas para que a vivamos plenamente, precisamos primeiramente RECONHECE-LA antes de TUDO e qualquer coisa.

Tammy Cardoso.