segunda-feira, julho 21

Sede

Hoje de manhã, costumeiramente como faço todas as manhãs, abri o site do Ricardo Gondim para me deliciar com as mensagens deste sábio e inteligentíssimo homem.

E dentro um texto todo que ele escreveu, uma parte do texto me chamou muito atenção, sabe quando sua alma grita e diz, “olha é exatamente assim que eu me sinto” enfim ,aquilo que você não sabe explicar sobre você mesmo.

“Talvez minha tristeza seja saudade de Deus. Santo Agostinho afirmou que o nosso vazio interior é tão vasto que só o próprio Deus pode preenchê-lo. Já bebi da água da vida, mas não cesso de repetir: “Como a corça suspira pelas águas, assim minha alma tem sede do Deus vivo”. Celebro a misericórdia e a graça, mas não cesso de repetir: “Afasta-te de mim, porque sou pecador”. Procurei entender os mistérios do mundo espiritual, mas não cesso de repetir: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!”.

Algumas vezes confundimos esse sentimento “tristeza” com “falta ou ausência” de algo, posso afirmar, não existe tristeza, o que existe como diz Santo Agostinho é um buraco imenso no nosso interior, e esse buraco é exatamente do tamanho de Deus, quão grande é o vazio que só mesmo Ele pode preencher.

Gondim citou o salmo 42:1 em seu texto: “Como a corça suspira pelas águas, assim minha alma tem sede do Deus vivo”.

Fui procurar porque o Salmista usa a corça como ilustração para expressar um sentimento:

Porque a corça é um animal que vive em um ambiente árido por isso a água para ela é o que há de mais importante, a corsa também é um animal que fareja a água a quilômetros de distância, portanto mesmo que esteja longe da água, ela sempre acaba encontrando.
Carlos Drummond de Andrade diz:

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim.

A ausência é algo permanente em mim, serei sempre sedenta por Deus e por mais que o busque , por mais que beba dessa água, mais quero beber, mais tenho sede, uma sede infindável, incansável.

Como Drummond sabiamente diz: “Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim”

Para a corça não faltava água, e também não faltava a busca ela busca incansavelmente a água, porque ela não vive sem e se não tiver água, ela morre.

Eu posso afirmar assim como o salmista.....

MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS!!!!!!

Tammy

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