Um velho Avô disse ao seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo, que lhe havia feito uma injustiça: "Deixe-me contar-lhe uma história." Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que aprontaram tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos..." E ele continuou: "É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto. E da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito". O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou: "Qual deles vence, Vovô?" O Avô sorriu e respondeu baixinho: "Aquele que eu alimento mais freqüentemente". |
sábado, junho 26
LOBOS INTERNOS
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