sexta-feira, agosto 14

Amo Muito

Depois de uma semana meeega estressante, aliás, essas duas últimas semanas sem dúvida, foram umas das mais agitadas.

Nada melhor do que relaxar e voltar as origens, essa ponte ai em cima lembra muita coisa boa, cheirinho de mar, areia quente e fofa, árvores, muito verde e sombra. Cresci assim, nesse ambiente e isso me faz uma falta danada.

Eu sempre gostei de ficar sozinha e como todos tem um refúgio eu tinha o meu, a praia, ou melhor, aquele ambiente todo, praia, areia, senhoras passeando com seus cachorrinhos e tricotando, atletas jogando vôlei, futebol, queimada ( ops rs ).

Sempre que não me sentia muito bem ou queria ficar só ( sem pessoas conhecidas por perto ), corria pra orla, sentava em um banquinho em frente aquele marzão e ficava lá, sozinha, pensando em nada, olhando pro horizonte e tentando imaginar o que tinha por traz daquela linha que separava a minha realidade do imaginário da minha cabeça, era bom, pensava muita bizarrice.

Mas o que adorava mesmo era ver o Crepúsculo que em dias de “horário de verão” eram maravilhosos, era simplesmente lindo ver os instantes em que o céu próximo ao horizonte no poente tomava uma cor gradiente, entre o azul do dia e o escuro da noite. Normalmente acontecem nos instantes em que o Sol, ao "se pôr", encontra-se logo abaixo da linha do horizonte marítimo, ali já não sabia mais quem eu era, misturavam-se todos os sentimentos de gratidão pela vida e por poder estar ali presenciando aquele momento que poucos tem o prazer de o fazer, sentimento de saber que existe uma Pessoa que comanda tudo aquilo que estava presenciando. Podia sentir quase uma adoração por aquele momento, mágico, quase surreal, encantador ( mas infelizmente tenho de admitir, eram poucos )

E eu ficava ali, sentada no banquinho, com a perna tipo borboleta com as mãos no queijo só admirando, parecendo criança, que quando vai batendo ás 18:00 hrs no relógio, sabe que o pai ou a mãe vai chegar e corre pra porta pra espera-lo e lhe dar aqueeeele abraço, eu ficava assim, lá, sentada no banquinho, esperando o espetáculo do dia ou melhor, da tarde.

Acho que foi por isso que me encantei tanto quando li o livro “O Caçador de Pipas” o autor conta um pouco de como eram alguns momentos do crepúsculo na cidade de Cabul no Afeganistão, linda história.

Mas então, voltando as origens, porque essa semana eu vou pra la, minha cidade, ver pai, mãe e meus 7 irmãos, amo muito isso, estar com eles sempre me da um novo folego de vida e abraça-los é quase que uma catarse.

E claro, vou la, ver como anda o crepúsculo depois de muito tempo, essa é a chance que terei de voltar renovada!!!!

Ah! A cidade, é São Vicente, litoral Paulista, acreditem é uma bela cidade, pelo menos pra mim. Rs !!

*Tmy*

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